terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ao Solitário

Enquanto permaneço aqui,envolto em teus mantos obscurecidos de sombras
Onde refugio-me da mais clara dentre todas as luzes e da mais agradável dentre todas as companhias
Sinto-me em paz!
Sinto-me bem em estar só comigo mesmo e com ti,Oh adorável solidão
Quantas vezes me acolhestes em teus braços frios e delicados e me chamastes de filho.
Quantas vezes me guiastes pela mão e me mostrastes o caminho a ser seguido.
Quantas vezes recorremos um ao outro para enfim encontrar um mínimo de amor.

Oh,adorável solidão, por que me acolhestes para ser seu acompanhante eterno,seu doce amante,teu filho solitário?
Por que me privastes de sabores que tu não podes me dar?
Por que esse egoísmo desenfreado de ter-me só pra ti?
Amável solidão,não é condenavel vossa decisão,e para lhe ser fiel,não quero respostas para estas perguntas.
Apenas desejo a ti,pois o solitário que ama aquilo que mais o ama nunca está sozinho.

Autor:Charles Dias.

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